Se antes do isolamento social no Brasil as pessoas tinham algum receio em aderir aos serviços on-line de farmácia, agora a farmácia virtual mostra sua força de popularização.

Com os estabelecimentos físicos abrindo aos poucos, analistas de mercado avaliam que a pandemia de COVID-19 trouxe transformações sem volta ao comércio eletrônico no Brasil. Exemplo disso são alguns setores que ainda iniciavam nesse ambiente, tiveram que evoluir rapidamente e podem ser beneficiados em longo prazo. É o caso do setor de farmácias.

Se antes as farmácias ainda sofriam para convencer seus clientes a comprar pela internet, agora experimentam as altas de mais de dois dígitos em suas vendas on-line. O desafio do setor agora é convencer esses clientes a permanecer comprando no ambiente virtual ao longo dos próximos meses.

O e-commerce de produtos farmacêuticos alcançou quase 8% de participação em todas as vendas do segmento até abril, conforme dados da Mastercard. Antes da pandemia, a média geral do setor no varejo nacional era de cerca de 6%. A projeção é de que o setor termine o ano com mais de 10% de crescimento no comércio virtual.

Tal como aconteceu no setor supermercadista, o crescimento das farmácias on-line aconteceu mesmo com os estabelecimentos físicos permanecendo abertos durante a pandemia. Com aproximadamente 50% da população em isolamento na maior parte do tempo, as compras on-line se tornaram uma demanda fundamental dos clientes. Consumidores idosos, por exemplo – que são um dos principais públicos atendidos pelo setor -, estavam impossibilitados de sair, o que levou a buscar outras alternativas.

Outro ponto importante foi a mudança na legislação durante esse período que permitiu, por exemplo, que a compra de antibióticos de receita média, que antes não eram autorizados para venda on-line, passassem a ser comercializados com receita digital.

Em estudo feito pela Linx a pedido da EXAME, com 9 mil farmácias, observou-se um aumento de 15% nas vendas entre fevereiro e maio. O ticket médio do setor foi de 36,32 mensal durante o mesmo período. Uma pesquisa de inteligência de mercado realizada pela Compre&Confie, demonstrou que houve uma alta procura por itens como álcool em gel, vitaminas e outros produtos associados à pandemia.

O desafio que resta a esse promissor segmento é fidelizar os clientes às compras on-line e encontrar meios para popularizar esse “novo normal”.

Fonte: New Trade

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