Ações de educação alimentar podem ser influenciadas por percepção de sustentabilidade do consumidor

Estudo de pesquisadores da Unicamp que aponta influência, recebeu menção honrosa na categoria pesquisa científica, no Prêmio Josué de Castro.

Questões como a percepção do cidadãos brasileiro sobre o desenvolvimento sustentável, como é estabelecida uma relação com a alimentação saudável e como as questões ambientais determinam comportamentos alimentares do consumidor, foram alguns dos motes do estudo, que buscou compreender a percepção de um universo de cidadãos sobre conceitos do desenvolvimento sustentável e da alimentação saudável.

Com isso, buscou ainda entender suas motivações para optar por escolhas alimentares que auxiliam em ações de educação alimentar e nutricional. O estudo foi empreendido pela nutricionista Bruna Barone, em tese de doutorado orientada pelo professor Jorge Herman Behrens, pelo Departamento de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp.

O trabalho, que foi dividido em duas partes, primeiramente explorou a percepção sobre sustentabilidade e sua relação com os alimentos e, em seguida, teve como foco avaliar as atitudes e intenções da adoção de comportamentos sustentáveis por parte de consumidores brasileiros nas regiões de Campinas, Jundiaí e São Paulo.

O parâmetro da pesquisadora foi de que a ideia de sustentabilidade não deve ser entendida apenas como a relação do homem com o meio ambiente, mas, nesse contexto, deve se inserir também a sociedade e suas atividades econômicas. Uma vez que são importantes para a saúde das pessoas, os padrões alimentares não podem deixar de considerar as escolhas alimentares, a forma como os alimentos são produzidos, a embalagem, o transporte e o marketing, que causam impacto ao meio ambiente.

Além disso, é preciso lembrar das implicações na saúde pública e econômica, já que milhões de pessoas estão envolvidas em toda a cadeia produtiva que se estende desde o plantio de insumos até o consumidor. Sobre isso, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura conceituou, em 2010, que a alimentação sustentável é formada por dietas de baixo impacto ambiental, que contribuem para a segurança alimentar e nutricional, bem como uma vida saudável das atuais e futuras gerações.

Se tratam de dietas que protegem e respeitam ecossistemas e a biodiversidade, aceitáveis cultural e economicamente, acessíveis, nutricionalmente adequadas, seguras, saudáveis e que otimizam os recursos naturais e humanos. A autora aponta que o estudo gerou subsídios para futuras abordagens multidisciplinares relacionadas ao tema.

O trabalho recebeu menção honrosa na categoria pesquisa científica, quando concorreu ao Prêmio Josué de Castro, em 2018, atribuído pelo Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), órgão pertencente à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Veja mais detalhes do estudo aqui.

Fonte: Jornal da Unicamp

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