PodCast Aditivos químicos em produtos alimentícios preocupam o consumidor brasileiro

 

Você sabe o que são produtos free-from? São aqueles que não têm glúten, leite de vaca nem aditivos químicos na sua composição. Por aqui, a busca por eles cresce a cada dia e o motivo é a preocupação com a saúde.

NO BRASIL, HÁ 350 TIPOS DE ADITIVOS QUÍMICOS PERMITIDOS PELA AGÊNCIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, A ANVISA.

Essa permissão não impede que tais substâncias nos tragam problemas. Os aditivos são usados com diversas finalidades, entre elas: realçar o sabor dos alimentos, aumentar o seu tempo de validade, evitar a sua oxidação, esconder algum gosto inapropriado, realçar a sua cor ou até criar uma cor nova.

Em uma única refeição podemos consumir de 12 a 60 tipos. Mais conhecidos por siglas ou por números, muitos deles já foram alvos de diversas pesquisas, nacionais e internacionais, e os resultados não foram nada positivos. É importante ressaltar que vários países já tiraram determinados aditivos de circulação.

O glutamato monossódico, por exemplo, é um dos realçadores de sabor mais utilizados pela indústria alimentícia brasileira, ele está presente na maioria dos produtos salgados, nos biscoitos, no tempero do macarrão instantâneo, nas sopas de copo ou de saquinho, nos frangos temperados, em patês, embutidos e salgadinhos de trigo, milho ou batata, entre muito outros.

O consumo excessivo desse aditivo aumenta a produção de insulina pelo pâncreas, que pode levar à crises de hipoglicemia e, com o passar do tempo, esse aumento pode causar uma resistência à insulina, que pode desencadear doenças como diabetes tipo 2, obesidade, hipertensão e alteração do colesterol e do triglicérides.

Além disso, ele é considerado tóxico para as células nervosas, causando uma excitação nessas células que podem se refletir em enxaquecas, dificuldade de concentração e irritabilidade, entre tantos outros sintomas negativos. 

Muitos doces e guloseimas infantis são coloridos pela Eritrosina (E127). Já foram encontradas evidências de que esse corante é um poderoso inibidor de dopamina, um neurotransmissor ligado ao prazer, cuja deficiência pode gerar depressão.

Nos molhos de salada, refrigerantes, cervejas e recheios de frutas de bolinhos e de bolachas recheadas, encontramos os Benzoatos (E210-E219). O seu consumo já foi associado ao aparecimento de urticárias e de asma e, entre as crianças, podem estar ligados com casos de hiperatividade. 

O bacon, o presunto, as carnes processadas, os embutidos em geral e alguns tipos de queijos têm em comum os nitratos e os nitritos (E249-E252). Essas substâncias são comprovadas causadoras de enxaquecas e ainda são relacionadas com casos de câncer.


Esses produtos ultraprocessados são de fácil aceitação porque têm centenas de aditivos químicos utilizados exatamente para nos dar prazer.


Estudos feitos em 2016 relacionam o consumo excessivo de muitos aditivos químicos com a inibição de enzimas digestivas e de enzimas responsáveis pela eliminação de toxinas do organismo, e podem destruir células de defesa do intestino, alterando a sua permeabilidade, que impede a entrada de substâncias estranhas ao organismo. Esses produtos ultraprocessados costumam fazer sucesso entre as crianças, eles são mesmo de fácil aceitação porque têm centenas de aditivos químicos utilizados exatamente para nos dar prazer. Mas cabe aos adultos entender que eles são muito nocivos para a saúde de todo nós e, sobretudo, para a dos que estão em formação. Além disso, eles tiram a vontade e o gosto das crianças pelas opções naturais, que deveriam ser os seus únicos alimentos.

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